Os proponentes da criação do Partido Libertário Português (PLP), tomando conhecimento da notícia referida em epígrafe - cuja versão impressa também pode ser consultada aqui -, enviaram a seguinte mensagem, nessa mesma data, à sua autora Leonete Botelho.
Assunto: O Partido Libertário Português
Bom dia,
Reportamo-nos à notícia divulgada no Público online, de que V. Exª. é a autora, com o título "Direita em mudanças. Os cinco novos partidos que podem concorrer às europeias de 2019", que merece os seguintes comentários dos proponentes da criação do Partido Libertário Português (PLP).
O projecto "Partido Libertário Português" não é o mesmo que o projecto "Partido Libertário ". Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa.
O projecto PLP surgiu em 2012, por iniciativa de um grupo de cidadãos que não se revêem nos programas dos outros partidos políticos existentes, ou em projecto.
O nome indicado na notícia como sendo o do presidente do PLP não corresponde aos factos. O PLP, desde o início, assumiu que não teria estrutura orgânica formal. Seria um oxímoro para um partido libertário criar hierarquias na sua estrutura, quando não as deseja para a sociedade livre que defende.
A pessoa indicada como sendo o presidente do PLP não fez parte dos fundadores desse projecto, tendo-se oferecido para colaborar com o PLP em meados de 2016 (i.e., quatro anos depois do início do projecto PLP). Três meses depois de o fazer, foi "convidado" a sair do projecto por não se enquadrar com a linha inicial do projecto do PLP. Os estatutos da associação cívica criada por sua livre e espontânea iniciativa, apropriando-se da designação "Partido Libertário Português", são exemplo cabal da dissonância existente entre quem diz defender a propriedade privada e, ao mesmo tempo, se apropria da propriedade intelectual de terceiros.
Outrossim, o PLP não pretende ser - nem nunca será - um partido xenófobo, intolerante, e de extrema-direita.
Na sequência do convite formulado, a pessoa referida, em Setembro de 2016, criou o projecto "Partido Libertário", usando - intencionalmente, cremos - a designação "Partido Libertário Português" indiscriminadamente.
O "Partido Libertário Português" defende a saída de Portugal da União Europeia. Só essa posição é consistente com os valores da liberdade. Senão seríamos a velhota da piada de Woody Allen no princípio do seu filme Annie Hall que, num restaurante, quando a amiga lhe diz que "Neste restaurante a comida é péssima!", responde "E ainda por cima as doses são pequenas." O PLP defende um governo ínfimo; não pode, de forma coerente, defender uma estrutura federal com a que a actual UE pretende criar. Por essa razão, e porque também nunca será um partido de direita, o PLP nunca deveria ser mencionado numa notícia com o título "Direita em mudança. Os cinco novos partidos que podem concorrer às europeias de 2019".
Tudo aquilo que os proponentes do PLP defendem está referido e descrito no Programa Político disponível no seu sítio - www.plp.pt -, incluíndo a criação de um Rendimento Universal, Básico e Incondicional para todos os portugueses, como forma de erradicar a pobreza em Portugal.
Estes são os factos. Como jornalista, compete-lhe, em consciência, decidir se deverá corrigir a informação incorrecta que o seu jornal publicou, ou se deverá ignorar os factos, facilmente corroboráveis, que aqui referimos.
Saudações libertárias.
Em consequência da qual, a 30 de Agosto, a expressão "Partido Libertário Português" como título do último parágrafo da notícia - e nas restantes ocorrências - foi substituída, pela autora, por "Partido Libertário".
N.B - O "convite", acima referido, formulado pelo PLP, foi efectuado a 11 de Setembro de 2016, na seguinte entrada da página do Partido Libertário Português no Facebook (clicar na imagem).